Desci do metrô cerca de 15:00, subi as escadas em direção à entrada de Tian'anmen e já apareceu um chinês puxando papo em inglês (surpreendentemente bem pronunciado), "Hello mister, where are you from?". Só respondi secamente "hello" e passei reto. Beijing é um lugar muito seguro, pouquíssimos assaltos a mão armada, mas há vários golpistas rondando os lugares movimentados atrás de turistas desavisados. Caras que querem te levar para puteiros ("Lediba!", huahauhauhau), chinesinhas que estudam inglês e te levam para "casas de chá" para conversar (e quando não oferecem prostitutas de entregam uma conta de 300 pila por 3 copinhos de chá), esse tipo de coisa. Dentro de Tian'anmen ainda fui abordado por uma chinesa em inglês, passei reto também.
A praça estava lotada de gente e de policiais e com vários locais bloqueados. Dia 1 de outubro é a comemoração dos 60 anos da revolução, então estão preparando uma comemoração enorme. Há várias máquinas de raio-X para examinar as mochilas das pessoas também. Vai ser uma data bem sensível caso haja manifestações políticas em público, por isso a segurança toda. Caminhei um pouco por lá mas dei volta, já que tinha que pagar ingresso para ir mais adiante e eu não tinhha muito tempo para visitar tudo. Acabei indo em direção a Qianmen, a rua que leva até a praça. É um imenso calçãdão que está sendo todo reformado para abrigar várias lojas de várias marcas, chinesas e internacionais. A arquitetura é imitação da arquitetura chinesa típica em pedra com construções mais "ocidentais". Bem bonito e artificial. Há até um bondinho cruzando o calçadão. Também encontrei uma loja especializada em palitinhos (sim, uma loja inteira só de palitinhos para comer, em vário estilos e preços), uma livraria onde eu comprei um livro sobre os caracteres chineses e uma loja de chá. Parei um pouco nesta última porque me deram um pouco de chá para esperimentar e era muuuito bom. Extremamente perfumado, bem diferentes daqueles do Brasil. A mulher tentou me vender um pouco mas era muito caro. Sai sem comprar e ainda tendo conseguido que a mulher me ensinasse o nome do chá e mais algumas palavres em chinês.
Mais interessante que Qianmen são as vielas que saem a partir dela. São parecidas com os Hutongs, porém mais movimentadas e comerciais, com várias lojas, restaurantes, fruteiras e vendedores chamando os turístas em chinglish. Foi em uma destas vielas que eu encontrei alguns chineses jogando Xiangqi (um tipo de xadrez chinês) e tirei uma foto. As peças de Xiangqi são normalmente pedaços de madeira com o nome da peça talhado e era muito interessante de ver como ao comer uma peça do adversário os caras faziam questão de dar uma porrada na peça com a sua própria. Um dos caras ainda tentou me vender um pôster antes de eu sair.
Bom, até eu sair de Qianmen, pegar o metrô e chegar na universidade já eram 20:30. No total caminhanei cerca de 10 horas na corrida, tendo sentado apenas para almoçar e alguns minutos para descansar em Qianmen. Mas o dia foi bem gratificante: conheci um templo budista, conversei com um tibetano, conheci ruas que ainda não foram tocadas pela modernização da China e treinei meu chinês em conversas com pessoas nas ruas. Saldo do dia: Muito bom! (fora a dor nas costas de tanto caminhar). Fotos no kutkut!
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
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cara! adoro os passeis paralelos!
ResponderExcluirquando a tua imagem no meu blog... Ah tá! Tu tá na China e vem falar em direitos de imagem... hellooouuuuuooooo!!!