sábado, 12 de setembro de 2009

A Muralha e as tumbas

Hoje acordei bem cedo para ir para a Grande Muralha. É como uma boas vindas para os estudantes estrangeiros: pagamos 20 RMBs (Renminbi, a moeda corrente), o equivalente a 6 reais, e fomos à apresentação de acrobacia na quarta feira (que normalmente custa mais de 100 RMBs) e agora iriamos até a Muralha.

A Muralha é dividida em várias seções, umas mais e outras menos próximas do centro de Beijing. Nosso ônibus nos levou até Badaling, a seção mais próxima da muralha, e também a mais "badalada" (Han? Han? Badaling, badalada, pegaram o trocadilho? Huahuahuahauhauahuahau). Poisé, por ser mais próximo do centro (cerca de uma hora de ônibus) Badaling é a mais visitada. É também a seção mais modificada da muralha, então não esperem ver pedras de 2000 anos de idade aqui. Que eu lembre esta parte foi construída durante a dinastia Ming (sécs. XIV - XVII) e no século XX foi restaurada e modificada para fins turísticos. Então é Muralha para turísta ver mesmo, com várias banquinhas vendendo bugigangas superfaturadas com vendedores oferencendo as mercadorias em chinglish.

Bom, a Muralha astava um infeeeerno! Muuuuuuuita gente. Nós caminhavamos e quando tinhamos que cruzar as torres tinhamos que parar porque o trafego de pessoas era muito grande. Pelas fotos no orkut vocês podem ter uma noção. Subimos mais ou menos uma hora e depois descemos, o que cansa para caramba. Há vários pontos com declive bem acentuado. É criança, velho, estrangeiro, chinês, gente tirando foto, comendo, se empurrando para conseguir caminhar... Foi legalzinho. Mas na próxima vez espero ir a uma seção mais afastada, com menos gente e um pouco menos modificada. Aliás, meus companheiros de escalada foram o Taka, japonês que já esteve no Brasil a turísmo duas vezes e adorou a caipirinha, e a Ellen, sueca que vai para a mesma classe que eu no chinês.

As 13:30 fomos para uma loja de objeto de artes para almoçar. Os objetos são todos lindos, mas extremamente caros; é loja para turísta perto da Muralha e com objetos realmente bons e bonitos, então os preços são realmente caros. Há pinturas, vasos, esculturas, objetos em jade (lindos!), estátuas, caligrafia, etc... No andar superior fica o restaurante, onde comemos por conta daqueles 20 RMBs pagos inicialmente. Eram várias mesas redondas (para umas 9 - 10 pessoas cada) e os pratos são postos em uma plataforma giratória sobre a mesa. A pessoas só tem que girar a plataforma para pegar o que quiser. Comi muito arroz, óbviamente, e porco, peixe, lula, galinha, vários vegetais, enfim, muita comida. Ainda provei mais uma cerveja fraquíssima chinesa e o famoso baijiu: aguardente de arroz com 56% de álcool. Muito forte o negócio. Ainda peguei uma garrafinha e trouxe para levar para o Brasil (não roubei, perguntei se podia levar!) Durante o almoço aind aconversei com dois finlandeses que estavam na nossa mesa. O cara (me esqueci do nome dele) é fanzaço de Sentenced também (Sentenced é uma banda finlandesa de heavy metal que eu gosto pra caramba)!

Por fim, saímos do restaurante e fomos para as famosas tumbas do imperadores da dinastia Ming. Chegando lá há uma linda construção com um pilar cheio de inscrições (que eu achava que fosse fotografar na volta, mas me enganei) e um corredor com um quilometro ou mais de extensão com várias arvóres e estátuas a intervalos regulares (cerca de 100 metros cada par). Há estátuas de cavalos, camelos, cachorros, elefantes, guerreiros, funcionários reais, etc... No meu álbum tem a minha foto com um guerreiro. Caminhamos, caminhamos, caminhamos e chegamos no fim da linha, onde eu esperava que estivessem as tais tumbas. Era a saída! Descobri que aquilo esse corredor de árvores é só a entrada (mais de um quilomentro de extensão!), que o complexo inteiro é muito maior e que não daria tempo de ir em alguma tumba devido a distãncia. Ou seja, fui nas tumbas Ming e não vi nenhuma tumba... Vai ter que ficar para a próxima. Por fim voltamos para a cidade pegando um pouco de congestionamento, e eu só rindo durante o caminho do caos que é o trânsito de Beijing (eu prometo que em breve comente isso). Ah, no orkut tem uma foto de uma câmera de segurança das tumbas, em um poste disfarçado de árvore. Bem engraçado.

Era isso então. Amanhã acho que vou na Praça da Paz celestial. Talvez eu vá na Cidade Proibida, mas acho que vou ficar na rua mesmo, tirando algumas fotos. Ai eu ponho tudo aqui no blog. Vocês não imaginam a saudade que dá de casa, mesmo vendo essas coisas diferentes e descobrindo coisas novas. Mas, fazer o que... Decidi pelo mais difícl... Estudar logo a China, é pedir para passar trabalho mesmo. Mas no fim compensa (eu espero). Bueno, já está tarde e o Daisuke está aqui roncando do lado. Vou dormir. Amanhã mais fotos e novidades, fui!

5 comentários:

  1. Traz um objeto de jade pra mim??
    ;)
    hahaha

    E o melhor tu nao viu...as tumbas!!

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  2. Que tri! Formiguerão mesmo. 56% é um pataço hein! hehehe. Mas ta tri. Se resolvesse estudar o Uruguai era bem mais tranquilo mas o guri adora inventar moda...

    Abração e aguardo novidades/fotos!

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  3. Achei o máximo, aquela câmera colocada na ponta da vara. Se fosse no Herval dariam nota 10 para o alambrador que pendurou ela lá em cima.

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  4. cara parabéns pela coragem velho, quero um dia poder viajar assim tão longe também!
    Queria ter visto os chineses pilchados heuehue

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  5. Já deu pra sentir que em matéria de cerveja os chineses são fraquinhos mesmo... Se tiver fazendo falta avisa que a gente manda um lote de Eisenbahn Kölsh pelo correio, hehehehehe.

    As fotos ficaram dez! Só fiquei curioso com o tamanho da biblioteca dos cara, deve ser um absurdo...

    Fica bem aí tchê, todos aqui estão torcendo por ti.
    Abraços

    Ps.: ah, concordo com o Madson, quando tu for no restaurante brasileiro denovo, tira uma foto dos chineses pilchados, huahuhauh

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